A cultura do coaching nas organizações promove a gestão da confiança

Confiança, ativo intangível de uma organização de sucesso

Vamos começar olhando sob o ponto de vista das pessoas. As pessoas, cada vez mais, desejam que seus empregos se ajustem ao seu estilo de vida, as façam crescer profissionalmente e as conectem verdadeiramente a um propósito maior. É nisso que acredito! Porém, muitas empresas ainda não conseguem atender a essa demanda, pois não entendem que apenas mudanças superficiais e incrementais não são mais suficientes. É preciso redefinir a cultura organizacional.

Os profissionais se tornarão mais produtivos e bem dispostos se as empresas desenvolverem um ambiente de confiança, que opera de acordo com o que os valores organizacionais orientam, com transparência e na boa interação entre líderes e colaboradores. Empresas com altos níveis de confiança se desenvolvem mais e geram mais oportunidades de negócios – a gestão da confiança.

Segundo uma pesquisa do World Values Survey (WVS), apenas 7% dos brasileiros acreditam que podem confiar em outras pessoas. Mas é importante ressaltar que a construção da confiança é 99% sobre saber ouvir e entender as necessidades e apontamentos da equipe sobre a sua empresa.

Como construir esse ambiente de confiança dentro das organizações

Uma boa solução é introduzir a cultura do coaching com o apoio de um bom coach empresarial dentro da sua empresa. A cultura do coaching organizacional pode influenciar, e muito, na performance do negócio, pois atua na gestão do comportamento para geração de confiança. Quando falo em cultura, me refiro a regras não escritas da organização, assim como seus valores, normas, políticas e comportamentos, que definem coletivamente o modo que o trabalho é feito.

Segundo E. Wayne Hart, do Center for Creative Leadership, a cultura do coaching pode ser definida como:

“Ambiente organizacional onde não apenas o coaching formal é realizado, como também grande parte dos indivíduos pratica comportamentos de coaching como meio de se relacionar, apoiar e influenciar uns aos outros”.

Segundo Natalie Asdown, autora do livro Bringing Out the Best –  Introducing a Coaching Culture Into Your Workplace, a cultura do coaching se estabelece quando:

“A maioria das pessoas na organização usa técnicas e princípios do coaching – incluindo bem desenvolvida as habilidades de escutar e de perguntar para trazer a tona o melhor de indivíduos e times.”

Portanto, o coaching contribui para a criação de estratégias que possam transformar a cultura organizacional. Inicia por desenvolver uma nova mentalidade de liderança, a gestão do comportamento alinhadas à missão, visão e valores das empresas, e o alinhamento dos objetivos e metas da organização.

Disseminar a cultura do coaching na organização requer também um esforço consciente de desenvolver as competências e habilidades do coaching, começando pela alta gestão, CEOs, gestores e executivos, até chegar nas equipes. Por isso, para criar um ambiente de confiança, nós, coaches, recomendamos iniciar o trabalho primeiro com o líder da empresa, no desenvolvimento da estratégia e no seu engajamento como processo de incentivar, motivar e desenvolver as qualidades dos seus colaboradores. Desta forma, as equipes serão capazes de demonstrar seus talentos, aprimorar habilidades e aumentar a produtividade dentro do local de trabalho.

O coaching é um processo que ajuda a desenvolver tanto o potencial profissional quanto pessoal, porque estimula a ampliação da consciência e a criação de diferentes pontos de vista. Isso favorece um ambiente de aprendizado e colaboração, onde o conflito é encarado como uma oportunidade de chegar em boas e novas soluções.

Quando os profissionais e líderes descobrem que podem fazer mais e encontram algo que os motive ou algo que tenha um propósito, eles se sentem muito mais conectados com o seu trabalho e com o que fazem. Diante disso, as organizações têm mudado a forma como se organizam e trabalham. O papel da liderança fica cada vez mais relevante e desafiador. Podemos comparar a uma equipe de rafting descendo numa corredeira com muito barulho e onde as pessoas já sabem claramente a sua responsabilidade, sem precisar de tanta instrução durante o percurso, diferente de uma equipe de remo num lago com um timoneiro ditando as instruções e o ritmo para seu time.

Portanto, o modelo de chefe autoritário neste novo cenário não funciona mais. O universo corporativo atual exige que os líderes desenvolvam a liderança pessoal e situacional no seu time, saibam ouvir ativamente e promovam constantemente uma gestão colaborativa e uma comunicação mais aberta.

E o trabalho do coaching nas empresas promove o desenvolvimento de uma comunicação mais assertiva  – clara e objetiva, que favoreça conversas mais produtivas, incluindo feedbacks fotográficos (no dia a dia) e trocas de experiências entre os líderes e as equipes.

Vamos iluminar agora a boa prática do feedback difundida – de saber dar e também de receber. Simples de entender, porém difícil de praticar. Desenvolver isso tem o poder de criar um caminho sustentável para a construção de relações de confiança e da evolução dos colaboradores de forma individual e em equipe. Feedback precisa ser uma prática constante e consistente para criar verdadeira proximidade entre os profissionais da empresa e um ambiente de trabalho agradável, saudável e o menos estressante possível. Dessa forma, os colaboradores se tornarão mais resilientes e abertos ao aprendizado contínuo.

Um líder, incentivando seus colaboradores a expressarem suas opiniões e darem ideias, fará com que eles se sintam mais seguros no desempenho das suas ações. Dessa forma, eles terão mais confiança na empresa e no trabalho que desenvolvem, se tornando mais rentáveis e mais preparados para mostrar o que sabem.

Uma das principais queixas que escuto dos profissionais atualmente é a falta de participação da equipe na tomada de decisões dentro da empresa, sendo suas ideias, muitas vezes, completamente descartadas. Isso tem um efeito colateral de esforços desordenados, além de custos invisíveis.

Por isso, para ter sucesso no seu negócio é essencial promover um ambiente organizacional baseado na confiança. Relações de confiança geradas a partir da cultura do coaching criam espaço para o desenvolvimento de ideias inovadoras, cooperação e comprometimento, aumentando a satisfação no trabalho e garantindo a melhora da comunicação. Profissionais valorizados se sentem mais confiantes para compartilhar suas ideias e propor soluções inovadoras que ajudem no crescimento do negócio.

Se você leu até aqui e fez sentido para você e sua empresa, entre em contato para agendarmos uma conversa. Será um prazer contribuir com o seu desenvolvimento e da sua organização.

KATIA PASSOS

Head de Inovação em Aprendizagem

Katia Passos é Head de Educação da RN, com mais de 20 anos como executiva na área de Educação com experiência em liderança de processos de mudança, reestruturação, inovação e crescimento. Seu propósito é “fazer acontecer” pela e com a Educação para construção de um mundo melhor.

Reconhecida especialista em mudanças organizacionais pela e com a educação, ressignificada em processos ágeis, profundos e que fazem a diferença para pessoas e empresas.

Formada em Educação Física (Universidade de Brasília), com Mestrado (UGF) e Doutorado (UGF) nessa área, com larga produção científica.

RENATA NIGRI

CEO & Founder

Com mais de 20 anos de experiência em grandes empresas nacionais e multinacionais na área de tecnologia, onde atuou na gestão de projetos, liderança de equipes e treinamentos.

Sua paixão é desenvolver líderes e equipes por meio da comunicação assertiva e não violenta. Atua como treinadora Executiva e Coach de Liderança. É co-autora de livros sobre Coaching de carreira e liderança profissional em projetos.

Meu propósito é contribuir para a formação de líderes humanizados e equipes colaborativas. Contribuo realizando palestras e lives semanais sobre comunicação assertiva no YouTube canal RNDOTS e outros fóruns.

Minhas formações incluem Análise de Sistemas e um MBA em Gestão de Negócios pelo IBMEC, certificações em coaching profissional e executivo pela Pro-Fit e SBCoaching. Cursando MBA em Gestão de Pessoas pela PUCRS.